quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Answer to the Ultimate Question of Life, the Universe, and Everything

O título não é nada profético não. Só uma citação bem humorada sobre questões que queremos responder.

Quando se pensa em comprar um sistema, em uma organização qualquer, se pensa em resolver um ou vários problemas de uma vez só (lembrando, para análise de negócios problema é sempre palavra chave). Normalmente o cliente pensa em dar suporte eletrônico a uma série de atividades desenvolvidas por esta organização (não confunda com atividade de gerenciamento de projetos - pelo menos ainda não estamos lá).


Estas atividades são chamadas de processos (tá bom, você já sabia disso). Mas para que recebam este nome precisam ser mapeadas e conhecidas pelo menos por quem gerencia as coisas que acontecem por lá. Uma vez conhecidos os processos eles podem ser avaliados.

Análise de negócios é isso, numa simplificação um tanto grosseira. Por uma questão de método, a análise e a modelagem de negócios andam juntas. Uma cria modelos descritvos que ajudam na compreensão dos processos (e por consequência do negócio do cliente) e a outra avalia os processos.

Mas avalia de acordo com o quê?

Muitas organizações não sabem para onde estão indo. Têm uma vaga idéia. É um sonho iniciar um projeto para um cliente que tem seu BSC prontinho, sabe como está e onde quer chegar. Na maioria dos casos não é assim. Começamos então extraindo do cliente (do CEO, dos gerentes, do dono) a visão estratégica da coisa. Vamos falar de posicionamento estratégico em outra ocasião, quando eu aprender mais sobre o assunto.

Conhecendo a estratégia da organização, seus valores e metas, partimos para os processos. Agora é hora de pegar a picareta e a pá e minerar o que se faz por lá.

O Paulo Vasconcellos usa em seu curso FAN - Formação de Analistas de Negócios uma expressão muito interessante (eu até acho que cedo ou tarde vai virar jargão): 2 quilômetros de extensão por 2 centímetros de profundidade.

Analistas de negócios pioneiros prestes a iniciar a modelagem de um mega projeto de ERP.

Muita gente entende esta parte do trabalho como um diagramão de UML ou BPMN que descreve tudo que a organização faz. Não poderiam ser mais superficiais.

Esta é a oportunidade de aprender sobre o que o cliente faz. Muitos dos detalhes que não foram para o diagrama vão sanar as dúvidas do analista de sistemas mais tarde.

Cada macro-processo pode ser mais tarde analisado em profundidade, de acordo com o escopo do projeto. Mas aqui já podemos ter uma vaga idéia sobre o que está acontecendo, se a organização está indo, na prática, para onde seu planejamento estratégico diz que ela deve ir.

Feito isso, voltamos para validar esses modelos com o cliente, que deste ponto em diante vamos chamar de patrocinador (para começar a entrar na linguagem). Para ter certeza de que o desenho do diagrama está certinho? NÃO! Isso a gente deve ser capaz de fazer sozinhos, ou com pouca ajuda. É principalmente para saber, e mostrar, para onde a organização vai e se o patrocinador tem consciência disso.

Nem todo projeto foca nestas questões. Existem clientes que conhecem seus negócios, seus problemas e até quais requisitos desejam atendidos pelo sistema que estão comprando. Nestes projetos eu arriscaria dizer que o AN tem uma participação um tanto menor.

A análise dos processos de negócios, quando pegamos uma parte com 2 centímetros de profundidade e cavamos mais uns 2 ou 3 metros, vamos deixar para o próximo post.

Ainda não chegamos ao número 42.

Um comentário:

  1. Oi Jefferson,

    Gostei muito dos seus textos. E agradeço a citação. Mas preciso registrar que surrupiei aquele "mantra" de alguém. O problema é que não consigo mais achar a fonte! hehe...

    Abraços!

    Paulo Vasconcellos

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Se isto for um SPAM você vai arder no inferno em um lugar todo especial, ao lado dos terroristas e pertinho dos molestadores de crianças.